OPERAÇÃO CAUXI COMPLETA ANO E J. RAY COMENTA
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| FOTO: FACE J RAY, COMUNICADOR, REPÓRTER E APRESENTADOR EM IRANDUBA |
APÓS 01 ANO DA “CAUXI”: E NADA MUDOU PARA MELHOR EM NOSSA TERRA! .
No dia 10 de novembro de 2015 Iranduba assistia atônito às prisões do então prefeito Xinaik Medeiros, do secretário municipal de economia e finanças da época, David Queiroz, que era quem de fato mandava na Prefeitura, entre outros importantes assessores do Poder Executivo local.
A operação “Cauxi”, resultado de investigações feitas no município pelo Ministério Público do Amazonas, revelou um dos maiores esquemas de corrupção na administração pública do estado; porém, esse não foi o primeiro e nem o único da história do nosso município. A diferença é que, nesse caso, os fatos vieram ao lume; em outros, eles sequer ultrapassaram o limite das esquinas das ruas e avenidas da cidade, nas rodadas de conversas.
Cabe registrar, por exemplo, que nos anos 1990 um servidor da Prefeitura de Iranduba, após ter sido exonerado por prática de corrupção no setor do qual ele era o chefe, produziu um extenso dossiê de todas as ilicitudes que eram praticadas à época e encaminhou para todos os órgãos de controle externo. Não surtiu muito efeito na ocasião, e só quem “pagou o pato”, uns 10 anos depois, mais ou menos, foi o “comandante maior”, cujo último mandato encerrou-se em 2004.
Voltando aos fatos mais recentes, uma semana depois, também em novembro do ano passado, viria a operação “Dízimo”, deflagrada em Iranduba pela Polícia Federal, com mais autoridades presas e mais corrupção vindo à tona!
Há exatamente um ano um novo ciclo administrativo começava.
Com todos os holofotes voltados para si, a então vice-prefeita, Madalena de Jesus, ascendia ao comando do Paço Municipal, literalmente nos braços do povo, exaltando a moralidade e criticando não só o seu ex-companheiro de chapa em 2012, mas, também, todos de sua equipe de primeiro escalão, alguns dos quais achavam-se presentes ao ato solene realizado na Câmara de Vereadores.
Os meses se passaram... Os resultados positivos daquilo que seria hipoteticamente uma gestão voltada para os interesses da coletividade não vieram na proporção esperada; ficaram bem abaixo das expectativas da sociedade.
Por outro lado, as velhas práticas errôneas, que levaram a cúpula administrativa anterior à derrocada, à defenestração de seus cargos, ao cárcere, à vergonha e ao escárnio por parte da sociedade, parecem não ter cessado.
Se assim não o fosse não haveriam abissais desfalques (“rombos”) em segmentos vitais da administração municipal, trazidos a público pelos próprios secretários que assumiram recentemente o comando das respectivas pastas e oficialmente constatados pelo poder fiscalizador, que é a Câmara de Vereadores.
Como diz a bíblia, a bússola dos seguidores de Jesus Cristo, “NÃO HÁ JUSTO; NENHUM SEQUER!” (Romanos 3,10). Mas, é, de igual modo, verdadeiro que NÃO HÁ QUEM TENHA APENAS DEFEITOS, por mais que estes se sobressaiam mais do que as virtudes.
Quem acompanha a vida política de Iranduba sabe perfeitamente que o ex-secretário de finanças e ex-vereador David Queiroz, a quem se atribui maior parte da culpa por todos os acontecimentos registrados aqui há um ano, é “persona non grata”, ou seja, pessoa por quem não há tanta gente que “morra de amores assim”; mas, há que se reconhecer que no tempo em que ele esteve à frente da SEMEF – Secretaria Municipal de Economia e Finanças, a folha de pagamento dos servidores era PRIORIDADE. Houve ocasiões em que o dinheiro era depositado nas contas dos funcionários até quatro dias antes do fim do mês.
O Xinaik Medeiros errou? Claro! Errou feio, decepcionou os eleitores que votaram nele, envergonhou a família, os amigos e aliados políticos; mas, também, deu importante contribuição ao município enquanto foi prefeito.
Claro que tanto ele quanto qualquer um outro que ocupou ou ocupa o cargo não fez ou não faz mais do que a OBRIGAÇÃO em aplicar o dinheiro público em benefício dos moradores!
Agora, certamente, se o Xinaik não houvesse sido preso já teria concluído obras importantes como a construção da creche Maria da Soledade, no bairro Novo Amanhecer; a revitalização da Praça dos Três Poderes, as reformas da Feira Municipal João Cândido de Medeiros, dos prédios do Conselho Tutelar, CRAS – Centro de Referência da Assistência Social, o recapeamento asfáltico de várias ruas da cidade com a mesma qualidade do trabalho feito na avenida Amazonas, etc.
Para finalizar: foi dito por repetidas vezes logo no início da atual gestão que cerca de 500 servidores “fantasmas” haviam sido demitidos, proporcionando uma economia de aproximadamente R$ 1,7 milhão nos cofres públicos locais. Todavia, o relatório da Comissão Especial criada recentemente na Câmara de Vereadores para acompanhar as ações do Poder Executivo Municipal mostra, entre outras coisas, a contratação de inúmeros servidores de forma irregular e com finalidade aparentemente eleitoreira.
Talvez, isso explique a falta de dinheiro suficiente para pagar os servidores em dia, além, é claro, da queda da arrecadação própria e dos recursos advindos do Governo Federal, segundo tem justificado a prefeita "Madá".
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