quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Manaus: Mais sete homicídios são registrados em apenas 24 horas na capital

Manaus já pode ser considerada uma das três capitais mais violentas do país, As últimas 24 horas na capital repetem um cenário que vem se tornando comum, de pessoas assassinadas em toda parte e pelos mais banais motivos, e em outros por situações muito mal explicadas.
Justificativas como “acerto de contas” entre criminosos, “confronto com a polícia”, “guerra de traficantes”, nada disso transmite ao cidadão a sensação de paz e tranquilidade que todos querem.

Em menos de 12 horas depois de frentista de posto de combustível na Zona Norte perder a vida por um tiro disparado contra sua cabeça, Jacob da Silva Prata, de 33 anos, foi assassinado em igual condição. E também no mesmo bairro, a Colônia Terra Nova.

Testemunhas disseram à polícia que Jacob foi atingido com um tiro na cabeça disparado por elementos em um carro prata em uma tentativa de roubar seu telefone celular, que acabou ficando no chão, ao lado do corpo da vítima.

Jacob estava trabalhando no momento do crime. Sentado na esquina de uma rua do bairro, esperava a chegada de um caminhão com areia quando os assaltantes se aproximaram e mandaram que entregasse o objeto. Quando ia passar o telefone, nervoso, Jacob deixou-o cair. Foi o momento em que recebeu o tiro fatal. Os assassinos fugiram.

Mesmo o roubo não tendo se concretizado, a delegada do 18º Distrito Integrado de Polícia (DIP), Rita Tenório, disse que o crime será investigado como latrocínio.

Essa última série de assassinatos em Manaus começou na manhã de ontem, quando um aspirante a oficial da Polícia Militar disparou um tiro de metralhadora não se sabe para qual direção e nem por qual razão, o certo é que acertou o pescoço da funcionária pública e pedagoga Ana Cristina Ferreira Viana, de 49 anos.
O policial foi identificado apenas como Jones, que seria da 11ª Companhia Interativa Comunitária (Cicom). Segundo o corregedor-auxiliar da PM, coronel Euler Cordeiro, o aspirante confessou ser o autor do tiro que matou Ana Cristina e que está preso e à disposição da Justiça.

Dos sete assassinatos registrados na capital nas últimas 24 horas, pelo menos cinco foram na Zona Norte, que junto com a Leste detém metade dos moradores da capital, hoje em torno de 2 milhões de habitantes.

Por volta de 21h, Marlisson de Oliveira, de 24 anos, voltava para casa vindo de academia de ginástica quando foi abordado por dois homens em uma motocicleta na alameda Rio Negro, no bairro Colônia Terra Nova, na Zona Norte. Para roubar sua corrente de ouro do pescoço, os elementos deram um tiro em sua cabeça. Morreu na hora.

Uma hora depois acontecia o intricado caso do assassinato do cabo da Polícia Militar Jancicley Stone de Souza, de 40 anos, por seus próprios colegas de farda. Pela versão apresentada pela Polícia Militar, os soldados da Força Tática Bruno Cezzane Pereira, Germano da Luz Júnior e Thiago Carvalho Trindade, sob comando do cabo Joseney das Neves Moraes, cometeram o crime em revide a tiros que teria sido disparado pela vítima durante perseguição no Tarumã. Ele foi morto com 15 tiros.

Às 22h também era registrado o homicídio de José Rodrigo Santiago de Oliveira, de 25 anos, a golpes de faca, na rua Vidal Mendonça, no bairro Terra Nova, na Zona Norte. A autora do crime seria sua companheira.

Quase no final da noite da terça-feira, “Patauá" recebia quatro tiros disparados por elemento chamado de “Anjinho” no momento em que fazia refeição na casa de amigos, disseram testemunhas. O crime foi mais um na Colônia Terra Nova, na violenta Zona Norte.

Já na madrugada de hoje, por volta de 3h, Ramisson das Chagas Oliveira, de 24 anos, foi executado por mais de uma dezena de tiros na rua Décio Palmeiras (antiga rua 4), no bairro Colônia Santo Antônio, Zona Norte.

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